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Resumo das Mesas Redondas

 

 

Mesa Redonda 1: Fósseis brasileiros: a legislação, a questão do tráfico e o papel das instituições de ensino superior

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Paleontologia é uma disciplina cujos elementos de estudo, os fósseis, possuem um amplo espaço no imaginário popular em função dos dinossauros, popularizados em filmes e livros.  Entretanto, muitos outros são os organismos fossilizados que compõem os materiais de estudo da disciplina, como vegetais, invertebrados e outros vertebrados.  Os fósseis que ocorrem em território nacional são considerados bens públicos, de propriedade da União, e cabe ao DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral – fiscalizar sua extração e proteger os depósitos fossilíferos em nosso país, seguindo o disposto no Decreto-Lei nº 4.146/1942. Os instrumentos de fiscalização dos depósitos fossilíferos brasileiros pelo DNPM são o salvamento, a apreensão e a interdição de áreas tituladas, tendo por fundamento os dispositivos do Código de Mineração e normas infralegais associadas. A Constituição de 1988 reiterou o caráter público dos depósitos fossilíferos, mas também os designou como bens culturais (Art. 216, V da CF), agregando assim um valor preservacionista aos mesmos, razão pela qual a extração de fósseis com fins comerciais não é autorizada pelo DNPM.  Entretanto, há muitos casos de venda de fósseis brasileiros, sendo midiáticos os casos que envolvem os fósseis da Bacia do Araripe. Neste sentido, a Polícia Federal possui importante papel no que diz respeito à: (1) forma como o material apreendido chega às mãos da Perícia, (2) o que é necessário identificar em um fóssil para categorizar crime e agravantes, (3) quais são as prioridades em um exame para Perícia Criminal, (4) como se faz avaliação de preços, (5) como os fósseis são descritos no Laudo, e (6) como o material deve ser devolvido para ser enviado aos destinatários. Quando o material fóssil é depositado em uma instituição de ensino superior e torna-se parte de um acervo, passa a contribuir para a rotina do pesquisador e pode ser utilizado em exposições para leigos, a fim de ampliar a bagagem cultural da comunidade. Assim, acondicionar materiais fósseis traz benefícios e responsabilidades, como a adequada manutenção dos locais de acondicionamento, a organização institucional para receber pesquisadores e a realização de eventos de extensão para a comunidade.

 

 

 

Mesa Redonda 2: Os caminhos da Paleontologia na Educação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

De que maneira a formação de professores, na paleontologia tem contribuído para a divulgação do ensino de paleontologia? Como o ensino não formal tem contribuído para a divulgação da paleontologia? De que forma a paleontologia está inserida na educação, formal e não formal? Quais as iniciativas para sua abordagem e divulgação? Como é visto este ensino da área de paleontologia? Algumas questões são recorrentes nas discussões sobre paleontologia e educação.Dentre elas destacam-se as iniciativas para a inserção dos conteúdos de paleontologia na educação formal e não formal, através de variadas abordagens, como: a formação de professores do ensino básico, a disseminação deste conhecimento no espaço dos museus e a formação dos professores.

De modo que esta mesa redonda pretende ampliar essas discussões e fortalecer a divulgação da paleontologia na educação/ensino. 

 

 

 

Mesa Redonda 3: Divulgação científica: ferramentas e formas de abordagem

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Resumo não fornecido.

 

 

Max Cardoso Langer

Prof. Dr.  FFCLRP-USP

Ana Lúcia Desenzi Gesicki

Especialista em Recursos Minerais - DNPM

Mariana Machado de Paula Albuquerque

Perita Criminal - Policia federal

Resumo das Palestras

 

 

Palestra 1: Consequências da presença e da ausência de mega-mamíferos no Quaternário sul-americano

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na América do Sul a extinção do fim do Pleistoceno e início de Holoceno foi mais intensa que em qualquer outra região do planeta, com pelo menos 50 gêneros, incluindo todas as classes de tamanho, seguida apenas pela América do Norte, onde se registra a extinção de 33 gêneros. A extinção, que continua ainda hoje, afetou tanto formas nativas sul-americanas como muitas das chegadas durante o grande intercâmbio americano. Antes da extinção, até 14 espécies com peso acima de 1 tonelada podiam ser encontradas numa única localidade. Nas reconstruções ambientais do Quaternário sul-americano é comum observar que se leva em consideração dados da vegetação e estimativas baseadas em modelos climáticos. A fauna é vista como uma variável dependente que pouco poderia afetar na formação das paisagens. Porém, uma simples aplicação do modelo atualista, observando o papel das poucas espécies de porte maior a 1 tonelada que sobrevivem na Africa e Asia, indicam que esse suposto é errado. Porém, os modelos atualísticos não podem ser transportados diretamente da África e Asia atuais para América do Sul. Em primeiro lugar, os proboscídeos parecem ter sempre tido uma relação de exclusão entre as diferentes espécies, supostamente vinculada à superposição ecológica. Na América do Sul (e em menor medida na América do Norte) os proboscídeos conviveram sem aparente exclusão com os grandes megaterídeos. Essa associação é única da região e deve ser considerada. Em segundo lugar, na América do Sul, aparentemente, nunca entraram bovídeos até a sua introdução pelos europeus e que os grupos de ungulados nativos que sobreviveram até o fim do Pleistoceno não parecem ter possuído comportamento gregário como gnus, búfalos ou bisontes modernos. Essa componente faunística esteve aparentemente ausente durante o Quaternário sul-americano. Ainda, a expansão das florestas após o Último Máximo Glacial não teve a contenção das espécies de grande porte, que teria permitido o aumento das áreas abertas que caraterizam boa parte dos ecossistemas africanos modernos. Mesmo nas áreas que são atualmente abertas por condições edáficas, temperatura e/ou precipitação, a ausência de animais de grande porte, e, portanto, a falta dos seus dejetos, tem determinado uma fertilidade menor que a das savanas africanas atuais.

 

 

 

Palestra 2: Uso de técnicas espectroscópicas no estudo de fósseis

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nesta palestra será dado um panorama geral de diferentes técnicas espectroscópicas no estudo de fósseis, abordando alguns dos seus princípios básicos e informações relevantes que podem fornecer. Em particular, será dada ênfase na técnica de Espectroscopia Raman, que tem sido muito usada no estudo da composição dos fósseis e na inferência dos processos de preservação. Dentre as vantagens dessa técnica o fato de não ser destrutiva e a não necessidade de preparo prévio das amostras, e a disponibilidade de equipamentos portáteis, que podem ser levados a campo. Será demonstrado o funcionamento destes equipamentos portáteis no estudo de fósseis.

 

 

 

Palestra 3: Sem contexto eu nada seria. Contos de uma megafauna extinta

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Até o final do Pleistoceno/início do Holoceno habitou em quase todos os continentes do planeta uma fauna de mamíferos de tamanho corporal avantajado, a megafauna. Tendo a megafauna brasileira como referência, abordarei os seguintes tópicos: 1) diversidade da megafauna local; 2) a importância do contexto na correta interpretação de resultados; e 3) possíveis causas da extinção dessa fauna.

 

 

 

Palestra 4: Paleoicnologia da Formação Botucatu: estado da arte e perspectivas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Desde os primeiros registros icnológicos do interior paulista, poucos trabalhos foram realizados sobre a icnologia da Formação Botucatu. Dr. Giuseppe Leonardi foi o pioneiro destas pesquisas e contribuiu significativamente para o reconhecimento de uma icnofauna endêmica em um ambiente árido do Cretáceo brasileiro. A partir de seus estudos, novas perspectivas foram dimensionadas para que houvesse continuidade de seu trabalho pioneiro e que ainda hoje é de grande importância para o conhecimento das relações ecológicas do antigo deserto Botucatu.

 

 

 

 

Palestra 5: Um pouco além de Psaronius brasiliensis na Bacia do Parnaíba

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em 1872, M. A. Brongniart erigiu Psaronius brasiliensis para designar um caule de samambaia arborescente do Permiano da Bacia do Parnaíba, por sinal, o primeiro fóssil formalmente descrito do Brasil. Contudo, somente no século XXI começaram a ser realizadas pesquisas paleobotânicas regulares e detalhadas nas regiões de ocorrência desse gênero, especialmente na “Floresta Petrificada do Tocantins” (norte de TO). Assim, diversos novos fósseis foram descritos e decorreram interessantes discussões paleoambientais, tafonômicas, paleoclimáticas, paleofitogeográficas e estratigráficas.

 

 

 

Palestra 6: Proposta ao Marco Regulatório da Mineração: criação do cargo de Tecnólogo em Paleontologia e exemplos de casos em Pernambuco

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Considerando-se o atual momento nacional de discussão sobre o Novo Marco Regulatório da Mineração Brasileira, levanta-se a proposta e, discutem-se aspectos positivos e negativos, de que mineradoras responsáveis por exploração dos recursos minerais de formações sedimentares, onde há possibilidade de fósseis serem expostos, tenham no seu quadro de técnicos um especialista em Paleontologia. Apresentam-se dois exemplos de caso em Pernambuco, mineração de extração de calcário e marga da Pedreira Poty (Paulista) e o Polo gesseiro (gipsita) do Araripe Pernambucano.

Palestra 1 – Consequências da presença e da ausência de mega-mamíferos no Quaternário sul-americano

Prof. Mario Alberto Cozzuol (UFMG)

 

Mesa redonda 1 - Fósseis brasileiros: a legislação, a questão do tráfico e o papel das instituições de ensino superior

Ana Lúcia Desenzi Gesicki (DNPM), Mariana Albuquerque (Polícia Federal) e Prof. Max Cardoso Langer (USP, Ribeirão Preto)

 

Palestra 2 – Uso de técnicas espectroscópicas no estudo de fósseis

Fabio Rodrigues (USP, São Paulo)

 

Mesa redonda 2 – Os caminhos da Paleontologia da Educação

Annie Schmaltz Hsiou (USP, Ribeirão Preto), Mírian Liza Alves Forancelli Pacheco (UFSCAR, Sorocaba) e Willian Roberto Nava (Museu de Paleontologia de Marília)

 

Mesa redonda 3 – Divulgação científica: ferramentas e formas de abordagem

Marcelo Viktor Gilge, Paulo César Boggiani (USP, São Paulo) e Paulo Miranda Nascimento

 

Palestra 3 – Sem contexto eu nada seria. Contos de uma megafauna extinta

Alex Christian Rohrig Hubbe (USP, São Paulo)

 

Palestra 4 – Paleoicnologia da Formação Botucatu: estado da arte e perspectivas

Prof. Marcelo Adorna Fernandes (UFSCAR, São Carlos)

 

Palestra 5 – Um pouco além de Psaronius brasiliensis na Bacia do Parnaíba

Rosemarie Rohn Davies (UNESP, Rio Claro)

 

Palestra 6 – Proposta ao Marco Regulatório da Mineração: criação do cargo de Tecnólogo em Paleontologia e exemplos de casos em Pernambuco

Alcina Magnólia Franca Barreto (UFPE)

 

 

 

Mario Alberto Cozzuol       Prof. Dr. UFMG

Alex Christian Rohrig Hubbe

     Pós-doutorando IB-USP

Marcelo Adorna Fernandes

            Prof. Dr. UFSCAR

Annie Schmaltz Hsiou

Prof.ª Dra.  FFCLRP-USP

Mírian Liza Alves Forancelli Pacheco

Prof.ª Dra.  UFSCAR

Willian Roberto Nava

Coordenador Museu de 

     Paleontologia de Marília

Marcelo Viktor Gilge

   Mestre IB-USP

Paulo César Boggiani

Prof. Dr.  IGC-USP

Paulo Miranda Nascimento

    Dr. em Zoologia IB-USP

 Fábio Rodrigues

    Prof. Dr. IQ-USP

 

Rosemarie Rohn Davies

   Prof.ª Dra. UNESP/Rio Claro

Alcina Magnólia Franca Barreto

               Prof.ª Dra. UFPE

 

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